Flexitariano: talvez você seja e nem saiba
Provavelmente, em seu círculo familiar ou de amigos, você conhece algum vegetariano. Mas e flexitariano? Conhece algum?
Em 2003, a Sociedade Americana do Dialeto elegeu a palavra flexitariano como a mais útil do ano. No entanto, muitas pessoas não sabem ainda o que seria.
Continue a leitura e entenda um pouco mais sobre os tipos de dietas, principalmente, a flexitariana.
Tipos de dieta
Onívoro, vegetariano estrito, flexitariano… e por aí vai. Muitos são os tipos de dietas a serem seguidas. Quando se fala em dieta, nesses casos, se refere aos grupos alimentares escolhidos para compor o padrão alimentar de cada indivíduo. Veja:
Onívoro
Consome todos os tipos de alimentos, sendo de origem vegetal ou animal. Considera-se onívoro aquele que consome carnes mais de 1x/semana.
Pesco-vegetariano
Esta, por sua vez, inclui em sua dieta os peixes, mas exclui outras carnes.
Ovolactovegetariano
Consome todos os alimentos de origem vegetal, ovos, leites e seus derivados.
Vegetariano estrito
Consome apenas alimentos de origem vegetal excluindo tudo de origem animal, inclusive o mel.
Vegano
Colocamos aqui como um tipo de dieta, porém não é assim considerado. De acordo com The Vegan Society, o veganismo é um modo de vida, não apenas uma dieta, ou seja, não apenas exclui todo e qualquer tipo de alimento de origem animal, como também se abstém de tudo aquilo que envolve exploração animal como cosméticos, vestuário, calçados, etc.
Flexitariano
Por fim, é chamado de flexitariano aquele que não se sente confortável em retirar 100% as carnes do cardápio, mas também não consomem com frequência. Inclui carne mais de 1x/mês, mas menos de 1x/semana.
Por que se tornar flexitariano?
O número de adeptos da dieta flexitariana tem aumentado no decorrer dos anos. A decisão, na verdade, é multifatorial. Citaremos aqui duas delas.
Aspectos ambientais
Neste sentido, muitos optam pela redução no consumo da carne, seja aderindo a dieta flexitariana ou vegetariana, por conta dos aspectos ambientais. Hoje o Brasil é o terceiro maior produtor de carne do mundo. Para isso, mais áreas desmatadas são necessárias para a implantação de pastos, impactando na degradação do solo e reduzindo a biodiversidade das matas ativas.
Além disso, reduzir o consumo de alimentos de origem animal também auxilia na redução da poluição ambiental, melhorando a qualidade de ar, favorecendo melhores condições ambientais para as futuras gerações.
Aspectos de saúde
Muitos estudos tem associado o consumo excessivo de carnes ao desenvolvimento de doenças.
Hoje, sabe-se que diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e alguns tipos de cânceres estão diretamente relacionados ao consumo de carnes. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as carnes processadas como carcinogenicas para humanos. Algo a ser seriamente repensado na rotina, concorda?!
Da mesma forma, o consumo de carnes também está relacionado a resistência aos antibióticos, pela alta exposição dos animais a este tipo de medicamento.
Estudos realizados, indicaram que, para evitar estes ou outros malefícios para a saúde, o recomendado seria consumir até 100g de carne vermelha por semana, que seria o correspondente a 1 bife.
Como substituir a proteína?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que as carnes não são os únicos alimentos proteicos existentes. A natureza é rica e muito nutritiva. Por isso, variar o cardápio associando feijões e cereais já irão garantir boas quantidades de proteína em sua dieta.
Outro detalhe importante é que cada indivíduo tem necessidades protéicas específicas. Por isso, a avaliação e orientação de um profissional da nutrição pode ser de grande ajuda nesse momento de transição.
No entanto, são muitas as fontes de proteínas disponíveis no reino vegetal. Leguminosas (feijões, ervilha, grão de bico, lentilha, fava, entre outros), oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, entre outros) e sementes.
Use a criatividade para que as refeições sejam saborosas e nutritivas. As leguminosas, oleaginosas e sementes podem ser consumidas em saladas, cozidas, ensopadas, como hambúrgueres, almôndegas, tortas e em varias outras preparações.
O mais importante é se organizar, planejar e sempre variar para ter acesso a vários nutrientes e desfrutar a saúde que a natureza tem a te oferecer.
E você? Topa o desafio de reduzir as carnes e se tornar flexitariano?
Veja os produtos que também podem te ajudar nessa transição.
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