Passo a passo para implementar a coleta seletiva em casa
A coleta seletiva em casa está se tornando cada vez mais comum nas residências no Brasil e no mundo. É uma alternativa para contribuir com o meio ambiente, evitando o descarte inadequado dos resíduos que causam impactos sérios a biodiversidade.
Com a grande preocupação com a degradação ambiental, a conscientização e mudança de hábitos para promover a sustentabilidade já é uma necessidade. Tanto para preservar os recursos naturais quanto para a qualidade de vida.
Nesse contexto, saber como separar o lixo corretamente em casa e destinar de forma correta é uma maneira eficiente de proteger o meio ambiente. Pensando nisso, confira neste post um passo a passo para implementar a coleta seletiva em casa!
O que é a coleta seletiva?
A coleta seletiva é um processo que separa os resíduos na fonte de geração de acordo com a classe e tipo, para otimizar a destinação final correta. Em outras palavras, é a separação do lixo considerando a possibilidade de reciclagem ou não.
O objetivo é separar todos os resíduos que podem ser reciclados daqueles que são considerados rejeitos. Dessa forma, cada tipo de resíduo é destinado para o local correto, evitando descartes inadequados e envio para aterros sanitários.
Os principais tipos de resíduos envolvidos na coleta seletiva são:
- papel;
- papelão;
- plásticos;
- metais;
- vidros;
- orgânicos — resto de alimentos;
- perigosos — pilhas, baterias e químicos;
- não recicláveis — rejeitos.
É uma prática importante nos dias atuais, devido a alta geração de resíduos domésticos relacionada ao crescimento populacional. Nesse sentido, a falta de uma destinação correta pode causar impactos ambientais significativos.
É possível fazer em casa?
As residências são grandes geradoras de resíduos, independentemente do tamanho da família. Tudo ficou ainda mais intenso com o constante uso de embalagens descartáveis e o descarte inadequado, o que torna a situação preocupante.
A boa notícia é que a coleta seletiva pode ser feita em casa, de forma eficiente e não exige grandes esforços nem investimentos significativos. Basta ter uma mudança na cultura, adotando hábitos conscientes para consumo.
A coleta seletiva proporciona vantagens importantes, como:
- diminui o desperdício e os gastos com a limpeza urbana;
- evita a poluição do solo, da água e do ar;
- fortalece as organizações comunitárias;
- gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis;
- melhora a qualidade de vida;
- otimiza a educação ambiental;
- possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;
- possibilita o aproveitamento de recicláveis pelas empresas;
- prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
- reduz a exploração de recursos naturais;
- reduz o consumo de energia.
Como implementar a coleta seletiva em casa?
É natural ter dúvidas para implementar a coleta seletiva em casa, entretanto, o processo é bem simples e se encaixa perfeitamente em qualquer rotina. Por mais que pareça uma atitude isolada, contribui de forma significativa para o meio ambiente.
Para ajudar, veja um passo a passo para adotar a coleta seletiva em casa, de uma maneira prática e eficiente!
Informar-se sobre a coleta seletiva na região
O primeiro passo é verificar sobre a coleta seletiva no seu bairro, ou seja, se existe algum programa de coleta pública que recolhe apenas resíduos recicláveis. Muitos municípios contam com associações de moradores que também recebem recicláveis.
Assim, é possível saber qual a frequência de coleta e tipos de resíduos são coletados, fatores que influenciam no armazenamento. Além disso, facilita para planejar caso não haja coleta de resíduos, identificando os locais para levar o material reciclável.
Separe o lixo por categorias
Após se informar sobre coleta seletiva na sua região, é preciso organizar a forma para armazenar temporariamente os resíduos gerados em casa. É possível fazer essa tarefa de diversas formas, sem ocupar espaços e compondo a decoração do ambiente.
Identifique lixeiras com os resíduos mais gerados, se desejar, utilize o padrão de cores definidos pela Resolução CONAMA 275. As cores relacionadas aos resíduos mais gerados nas residências são:
- azul: papel e papelão;
- vermelho: plásticos;
- verde: vidros;
- amarelo: metais;
- marrom: orgânicos;
- cinza: não recicláveis.
Conscientize os seus familiares a separar de forma correta, respeitando as cores e tipos de resíduos. Além de contribuir para a organização, facilita muito o processo da coleta seletiva.
Não misture produtos químicos e tóxicos ao lixo
Alguns resíduos são considerados perigosos, devido a composição química ou tóxica. Exemplo disso são as pilhas, baterias e alguns equipamentos eletrônicos. Esses resíduos causam danos sérios ao meio ambiente, por isso, merecem atenção especial.
Além disso, é fundamental não misturar com os demais recicláveis, pois eles acabam comprometendo o processo. Geralmente, os resíduos químicos e tóxicos tem geração baixa nas residências, mas quando houver, procure a destinação correta para eles.
Higienize e mantenha o lixo seco
Uma prática que traz benefícios para o processo de reciclagem e para o armazenamento temporário é manter o lixo seco. Principalmente nos alimentos, os restos que ficam na embalagem causam odores e atraem insetos, além de dificultar o processo de reciclagem.
Para evitar, passe água nos recipientes antes de colocá-los nas lixeiras da coleta seletiva. Com os resíduos secos e limpos, você não vai ter problemas em casa e facilitará o trabalho dos profissionais que fazem o manuseio para a reciclagem.
Faça a destinação final de forma correta
Após organizar a separação e o armazenamento temporário, é necessário destinar os resíduos de forma correta. Como você já vai saber sobre o funcionamento da coleta seletiva na sua região, basta entregar aos coletores nos dias certos ou levar até algum centro que receba materiais recicláveis.
Evite colocar junto com o lixo que vai para os aterros sanitários, que são coletados periodicamente. O ideal é identificar o local correto para destinar os resíduos separados e manter uma frequência regular, evitando que se acumule na sua casa.
Como fazer nos condomínios?
Se você mora em um condomínio, também é possível implantar a coleta seletiva. Para tanto, pode-se fazer de forma individual, ou investir na conscientização de todos, que é a melhor alternativa.
Para implementar a coleta seletiva no seu condomínio, basta seguir as seguintes etapas:
- faça reuniões para conscientização de todos;
- defina o espaço para armazenamento temporário;
- defina quais os resíduos serão separados;
- identifique o local de armazenamento;
- oriente e acompanhe o processo;
- retire periodicamente os resíduos para a destinação correta.
Apresente os resultados da coleta seletiva para todos os moradores, assim, eles se sentirão motivados a continuar separando os resíduos. Além disso, os responsáveis devem estar bem definidos, inclusive sobre a periodicidade da coleta.
Aposte na compostagem!
Quem deseja implementar a coleta seletiva de forma completa, também é essencial destinar corretamente os resíduos orgânicos, ou seja, os restos de alimentos. Para isso, a compostagem é a melhor alternativa e pode ser feita em casa sem problemas.
Atualmente, existem composteiras pequenas e práticas para colocar em todo tipo de residência, sem ocupar grandes espaços, pouca manutenção e livre de odores. É a oportunidade de ser ainda mais sustentável e ainda ter adubo orgânico de qualidade para hortas particulares ou comunitárias.
Adotar a sustentabilidade como parte do dia a dia demonstra a responsabilidade e comprometimento em preservar o meio ambiente e a qualidade de vida. Nesse contexto, fazer a coleta seletiva em casa é um grande passo para colaborar para um mundo melhor.
Gostou do post? Agora que você entendeu como implementar a coleta seletiva na sua casa, o que acha de saber mais sobre o assunto? Não deixe de ler sobre compostagem doméstica!
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